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poesia

enlouquecer então nascer
há um muro descascado no caminho para a praia nele uma linha simples uma linha só liga um tijolo ao outro sem interrupções sem internamentos ...
3 poemas de Roberto Bolaño
A poesia entra no sonho como um mergulhador num lago. A poesia, mais forte que ninguém, entra e cai a prumo num lago infinito como o Lago Ness ou turvo e desafortunado como o lago Balatón. ...
círculos no silêncio
círculos no silêncio ando em voltas e observo no galo aquilo que foi dito em poema me desloco na quietude do espaço e ando em margens de águas secas ...
Epigramas
Pablo Cruz Villalba é um poeta mexicano. Nascido na Cidade do México, Epigramas (2014), é seu primeiro livro. Dele foram extraídos os poemas traduzidos abaixo.
Três Poemas
você sabe quantos dedos tem uma mão? geralmente as pessoas nós pensamos que sabemos quantos dedos tem a mão. eles nascem crescem reproduzem...
Alergia
Até as minhas cascas alérgicas os travesseiros de pedras cada esmalte velho na caixa cada verso abandonado junto a poeira acumulada ...
ou tua forma
ou tua forma inevitável um ponto cego agudo grave um pequeno caminho da ponta do teu pé até teu cotovelo um horizonte visto por cima um oceano ...
Os poemas de Gregório
"Gregório percorre séculos e gerações de equívocos, do soneto ao poema concreto, do verso sófico à blague. E ao longo do livro um espírito infantil percorre e dá vida, momentaneamente, às ilusões perdidas, aos cânones tão caros aos antepassados."
às aves de rapina
Alucinei um lar três filhos e a paz que nunca tive as horas correm seus ponteiros perfurando minha carne eu necessito de mais tempo eu preciso conhecer o amor quero exigir um dia de chuva para cada dois de sol ...
Aposta Sobrenatural – 14 Amores
Minhas linhas do destino estão em braile Não vejo nada além do além Fiquei dançando, já findo o baile Cigarro apagado, nos olhos brasa Vê um baralho pra última aposta De quem será que a morena gosta?
Ele & ela
Ele & ela (cancerigenamente) Deixam a mão amor tecendo - e se os sons nunca parassem? - Sem querer Rilkocheteia Seu cabelo juntando meus pés ao chão feito um bonde ...
Entre…
Em Noiva, Rezende investe no hibridismo do texto, e parece apontar à noção antiga de que a linguagem não é nem poesia nem prosa, mas seu intermédio. Verso, prosa, prosódia, especulações e diários de viagem são dispostos ao modo de pequenas esculturas textuais.
A casa de YashQuish

De Mario Santiago Papasquiaro (1953 – 1998),  poeta mexicano que fundou junto com Roberto Bolaño o movimento Infrarrealista na década de 70. Sua poesia se caracteriza por uma escrita forte e ácida, fruto do que o poeta convocava para si como forma de existência. 

Loteamento

carniça desmontam você de noite perdeu as carenagens sozinha onde outros tantos montes de areia

poeta

poeta, você de boca torta mas nem tão torta assim de pele lisa mas nem tão lisa assim de pelo escuro mas nem tão escuro assim você que não pode sentir o calor das cadenas – quem te prefere? (...)

Novos caminhos da poesia norte-americana

O “Poetry Slam” começou em 1984, nos EUA, quando um operário, num bar do subúrbio de Chicago, propôs uma nova forma de apresentação poética. Nessa mesma época, a academia norte-americana tratava a poesia como uma arte sem público. Longe das formas tradicionais de sarau, o movimento seguiu fora da academia com um esquema, no entanto, bem caro ao povo estadunidense: a competição.

subte

subtamente digo: subte e me entrego às profundezas do subsolo: grafitado o traço é vivo em movimento: grito pelos túneis aprofundados espaço ativo nomes não esquecidos

Conversa com Sergio Cohn

Sergio Cohn é poeta e sócio-diretor da Azougue Editorial, publicou os livros Lábio dos afogados (1999), Horizonte de eventos (2002), O sonhador insone (2006) e Futebol com Animais (2013), escrito junto com seu filho. É editor de várias revistas de cultura, entre elas a Azougue, a Nau, e o Atual - O último jornal da Terra.

depois de artaud

estou numa tarde muito quente em que pessoas tiram a pele de palavras e expõem seus ossos como coisas cruas contorcendo-as em carne viva enquanto me cumprimentam (...)

Saudação a Eduardo Coutinho
Ainda ontem anunciaram tua morte, teu descanso. Eles não souberam falar mais coisas mas teu corpo estava pálido no centro da sala e ninguém soube falar mais nada. Ainda ontem anunciaram tua partida, tua glória.
poética do flâneur

um: rua que se permite ou experiência que transcende a forma clara, o peso liso, os edifícios ascéticos e regrados. motivos: a urbe decreta caos, as dissidências são as ruas, as rugas que, em deferência, proclamam as veredas desconhecidas.

O banheiro de Henry Miller

"Oh, os maravilhosos folguedos no lavatório! A eles eu devo meu conhecimento de Boccacio, de Rabelais, de Petrônio, do "Asno de Ouro". Toda minha boa leitura, pode-se dizer, foi feita no lavatório. Na pior das hipóteses, "Ulisses" ou uma história de detetive. Há em "Ulisses" passagens que só podem ser lidas no lavatório - se a gente quiser extrair todo o sabor de seu conteúdo.

Foto Zé Naklem

Um dos expoentes do Surrealismo no Brasil, ao lado de nomes como Roberto Piva, Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Foi também um dos introdutores da literatura beat no país.

Senhor Cidadão

Senhor Cidadão é uma música de Tom Zé lançada originalmente no álbum Tom Zé de 1972, que depois foi relançado em 1984 com o nome de Se o Caso é Chorar. A música começa com Augusto de Campos declamando seu poema “Cidade City Cité”. Enquanto Campos trata da cidade através de suas mais diversas características, Tom Zé parte da figura do cidadão e seu instinto competitivo.

Wilderness

Jim Morrison, o famoso vocalista do The Doors, apesar de sempre ter a poesia como um forte interesse, não ficou tão conhecido como poeta. Sua escrita resultou em dois livros publicados em vida.

sobre tudo que dizem por aí

o século XXI
de epifanias plásticas, soluções rápidas e ligações gratuitas
o século vi-te em um
rentável, sustentável, (politicamente insuportável), insolúvel (...)

Pandemônio de portas abertas

No quebra-mar onde começara a guerra entre os deuses encontra-se um estranho, cuja cabeça é uma caixa de música adornada com o esqueleto de uma pequena bailarina que dança infinda completamente absorta em suas soturnas concepções de vida

geração mimeógrafo e poetas de centro cultural

há uma figura bem conhecida dos frequentadores de cinemas, museus e centros culturais: os poetas que oferecem suas zines pelo preço que você mesmo sugere. “poesia, jovem?”, “quer poesia?” ou, a minha preferida, “você gosta de poesia?”, são algumas das frases que esses jovens (às vezes nem tão jovens assim) usam para se aproximar dos transeuntes.

MENDAZ
Me pierdo y no, no, no me piedro. Inmóvil, inerte. Inmóvil, (in)sepulto – a veces.