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poesia brasileira

Dois poemas

só falaria deles em frente a todos que pudessem ouvir
pra minha sorte senhorzinho era mudo
quisesse ouvi-lo teria de olhá-lo
quisesse olhá-lo acabei por desejar surdez
mas senhorzinho enxergava que era uma beleza

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Três poemas

o sossego do meu pai
quando, nas manhãs de
chuva ou de sol, separa
as sementes enquanto,
sentado no rio, observa
o fluir rasteiro e redondo
das águas, a voz serena
e ruidosa da água.

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há sinais no sol

há sinais no sol — convulso — além da conta
na lua
tão perigosamente próxima
alucinado mar em ondas
gigantes
terra que geme e se contorce

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Corpos onde a cidade se repete

Corpos onde a cidade se repete:
(depois
de derramar antigas bocas sobre outra água):

quase
elidem alguns órgãos alarmados

— em meio às ferragens —

no
casulo do calendário?

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Poemas

O antônimo de gaveta
é folha
Porque a gaveta é um corpo
que se guarda para dentro
no escuro do segredo

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MÁRMORE

em meio de cipós de algodão
e feixes solares
cai nu –
no mar onde o barco
bêbado jamais navegou…

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Faca

Com um pedaço de faca
é possível talhar
uma casa é possível talhar
uma porta um poço um poema
eu você dois espelhos
refletindo
o espaço vazio da sala
o gato dormindo
sobre a estante
eu você sorrindo
sempre

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eco

A cabeça um fervo,
mistura de afeto
piadas que perdem
qualquer lastro
com a graça da quebra inicial –
cesura no claustro –
e continuam no embalo,
no frevo,
já na sua terceira, quarta
variação modal

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Poesia de Esquina – Entrevista com Viviane de Salles

“Ter uma vida culturalmente ativa é muito caro. Então, o que é o acesso à cultura? A gente não tá fazendo sarau porque a gente quer ter acesso à cultura, a gente é a própria cultura. A gente tá invertendo uma parada. A gente quer ter acesso a tudo, tudo que é produzido.”

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