
Fronteiras serão sempre lembradas
Fronteiras serão sempre lembradas entre cruzes do espírito sempre outro de tua natureza serão riscadas no emaranhado do por vir, que comunica. *** Este poema faz parte da série Atmosferas
Fronteiras serão sempre lembradas entre cruzes do espírito sempre outro de tua natureza serão riscadas no emaranhado do por vir, que comunica. *** Este poema faz parte da série Atmosferas
Crucial o momento em que fazer sentido já não faz sentido aquele instante em que de madrugada, o vento nas árvores – e o que mais? só isso (penso que devo ter morrido). hum? Que me diz desse momento – em que se intui que melhor seria fundir-se às coisas
Saiu no jornal: três corpos morreram no Rhône ontem, e talvez um pouco hoje, não sabemos com certeza, porque falta aparecer um. Este que sumiu talvez esteja ainda vivo, mas só um pouquinho. Meditando entre as algas, ele guarda um restículo de ar nos pulmões, como quem esconde, em segredo,
elisa tomou o choque
paulo se enforcou no prego
eu permaneci na minha
nem tudo se resolve
não quero te dar a dica
é claro que me comove
estilhaçar-se todos os dias
eram dois olhos imensos engolindo o céu das copas, a dança dos ventos, o direcionamento azul, tal qual mar a lua crescente ao revés n’outro continente dia ainda ou tua luz mais bonita, quando brincam Sol e Vênus deitada sobre a linha do horizonte apenas com a força da mente
Aqui, aos pés da cruz, já não choro como antes chorava. Os amores perdidos, as promessas desfeitas: os vejo como quem vê uma flor, um oceano, uma parede. Retornei aos meus anos divinos e nada encontrei, fui atrás dos amores sinceros e nada obtive. Agora me sento aqui, no banco
contém a morte da pessoa antiga sua grandeza, a nova consciência mal perceber a noite que com ela entra senão por essas lentes, tudo tornando outro é seu batismo. Essas imensas figueiras o lago verde, as casas amarelas a ponte em que se passa, acima as copas frondosas mãos junto
merci pour les paysages porque no dia seguinte falamos de incesto e era como se falássemos de nós e eu precisei dizer que nem sempre me importava obrigada por me trazer de volta ao cinema desvendar o trauma através das imagens acreditar que existe algo mais nas paredes de ladrilhos
falo de uma terra onde seu nome é uma árvore onde suas proles brotam com nomes de plantas de batismos e rezas dos dias de junho quando comemoramos o padroeiro cruzado nas encantarias dos caminhos de Exu da Igreja de Santo Antônio ou de uma pedra grande vista ao longe
para matheus kerr, matheus ramos-mendes e kissel goldblum investigar a consciência, sonhar. reminiscência: o universo inteiro já aconteceu. nós chegamos nos lugares que sempre chegamos isso aqui já aconteceu a visão da jornada xamânica e da vida cotidiana não são diferentes. isso não. a imaginação é faculdade da memória,