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poesia brasileira

quem tem ensinado é a rainha

eram dois olhos imensos engolindo o céu das copas, a dança dos ventos, o direcionamento azul, tal qual mar a lua crescente ao revés n’outro continente dia ainda ou tua luz mais bonita, quando brincam Sol e Vênus deitada sobre a linha do horizonte apenas com a força da mente

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Canção para não morrer

Aqui, aos pés da cruz, já não choro como antes chorava. Os amores perdidos, as promessas desfeitas: os vejo como quem vê uma flor, um oceano, uma parede. Retornei aos meus anos divinos e nada encontrei, fui atrás dos amores sinceros e nada obtive. Agora me sento aqui, no banco

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parques

contém a morte da pessoa antiga sua grandeza, a nova consciência mal perceber a noite que com ela entra senão por essas lentes, tudo tornando outro é seu batismo. Essas imensas figueiras o lago verde, as casas amarelas a ponte em que se passa, acima as copas frondosas mãos junto

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uma canta, a outra não

merci pour les paysages porque no dia seguinte falamos de incesto e era como se falássemos de nós e eu precisei dizer que nem sempre me importava obrigada por me trazer de volta ao cinema desvendar o trauma através das imagens acreditar que existe algo mais nas paredes de ladrilhos

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onde seu nome é um grão

falo de uma terra onde seu nome é uma árvore onde suas proles brotam com nomes de plantas de batismos e rezas dos dias de junho quando comemoramos o padroeiro cruzado nas encantarias dos caminhos de Exu da Igreja de Santo Antônio ou de uma pedra grande vista ao longe

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A praia do leme e os melhores temas do mundo para conversar

para matheus kerr, matheus ramos-mendes e kissel goldblum   investigar a consciência, sonhar. reminiscência: o universo inteiro já aconteceu. nós chegamos nos lugares que sempre chegamos isso aqui já aconteceu a visão da jornada xamânica e da vida cotidiana não são diferentes. isso não. a imaginação é faculdade da memória,

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Poemas

de perto o cenário lembra um parque de diversões, de longe somos só dois conhecidos empurrando o amor com os ombros. de longe eu penso nas velhas amizades, nas feridas ainda abertas nas perguntas e respostas que se intercalam. de longe é tudo bem óbvio, mas ainda assim desaba da

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3 poemas de Calamites

cinemas aproxima-se o poema estão imóveis na sala sou a que brinca de dedos estes cruzados em riba não sei dos medos, ou seja das pontas aqui quando tocam exigem coisa de mim quando olham já não há nada aqui nada pra mim estou em pé agora, e caindo agarro

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Viola Arsênica

Há na violeta um áspero pendor

de pedra. Mas o mármore da cor não

se arremessa como uma pedra;

é uma dureza de sonho.

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