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poema

IV

Às vezes, quando choro, procuro um
sobrepeso qualquer no corpo, um distúrbio
qualquer no rastro.  O baque e todos nós
na beira do caminho, em conformidade com
as rochas que não conseguem subtrair os
próprios esforços…

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em meio ao nevoeiro

em meio ao nevoeiro
as estrelas explodiam
no universo do meu peito
tua galáxia distante
se aproximava
na velocidade da luz
o tempo não existe
nem importa

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O fogo

no retorno à linguagem primitiva

o poeta faz a condição:
maneja a alquimia
conhece os mistérios das plantas
a eficácia da magia.

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onde as carnes se secam

onde as carnes se secam
em meio às pocinhas da terra
encharcada a gotas de sal

a serem pisadas
vez ou outra por quem tem fome
há grama
que cresce
há flores ainda por cima

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Primeiro o Som

Primeiro o Som
Daí veio e eu vi
o Trio na varanda
e procurei o céu

Vi Três seres nas cores branco,
verde e vermelho
E o cigarro aceso. Daí pensei
E entendi aquilo de encontrar um espaço,
de se sentir em casa – reunido

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Poemas

leões mansos que nos rodeiam em silêncio
honram o sagrado território do amor.
tudo o que passa é apenas semelhança,
é preciso urgentemente uma cirurgia no coração.
é preciso preencher estas linhas também
como pontos e grampos na pele profanada.
é o silêncio assassino dos leões mansos
aquilo que nos conforta, a natureza dupla
de um rugido de mil leões mansos enjaulados…

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Poesia da Menstruação

Parte I

Algo com papel que não sei explicar
O sangue começa manchando as três linhas da folha
Que é branca mas não de leite
Que não é leite mas é quase é sangue
Que jorra em bacias vulcânicas
A cada ciclo lunar
Avulso oculto
Natural

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Mareorama

uma coluna tão reta
às 11 da manhã
numa praia deserta
porque é dia de semana
é um convite a matar
todas as aulas

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Fevereiro

Ingestão de dietilamida e ninguém não sorri debaixo do sol, dançando amargo-salivado, agarrado nas bandas do nbome (que todo mundo resolveu falar e se fazer de preocupado agora, como se amargar nunca fosse utilizado como parâmetro de qualidade; e eu também, só sommelier nóia e charlatão).

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