Querida, o tempo amansa a gente aprenderei aos poucos a rezar como você tentou me ensinar tantas vezes a cativar os pássaros a não temer a gente a andar pela rua observando o mato que resta entre nós e a cidade se tornará suave meu andar e a saudade será faísca e ainda que eu me enterneça em cabeça e coração não há de faltar como nunca te faltou a valentia
Sem Título sofreria hoje sim mas em minas gerais sentiria medo e desterro carregaria em círculos o caixão mas descansaria depois nos braços da mais antiga de nós perderia as tardes em saudades mas deitada ao capim entre o sol e a pedra choraria o fim negaria alma aos bichos negaria deus no fim da tarde mas aqui não, há já lamúrias demais nessa cidade aqui se bebe, se fode, se destrói, mas não se chora.