Dela/Dele/Deles/Meu
por Bianca Pataro
o silêncio é uma estrada e a distância cavada pelo vazio é intransponível
cada passo dado é um desvio entre frases suspensas,
traçado de fuga aberto em picadas na longa vertigem erguida pelo nada dito
o silêncio é uma estrada e a distância cavada pelo vazio é intransponível
cada passo dado é um desvio entre frases suspensas,
traçado de fuga aberto em picadas na longa vertigem erguida pelo nada dito
De inexplicáveis ânsias prisioneiro
Hoje entrei numa forja, ao meio-dia.
Trinta e seis graus à sombra. O éter possuía
A térmica violência de um braseiro.
Dentro, a cuspir escórias. Continue reading »
poemas de Nydia Bonetti Continue reading »
poema de Casé Lontra Marques Continue reading »
de Max Lima Continue reading »
Oxum é
velha
como a água,
velha
como a brisa.
Ela é a dona
do bronze.
A bela.
Ialodê de pele
muito lisa.
Água que desliza
sobre
o corpo
do doente
e o separa
da doença.
Rastreio a palavra para não cair do cavalo.
Não estou entre os que se refugiaram
em ítaca, curvelo ou tombuctu: há muito
a floresta de signos foi incendiada
e se abriu à escrita do corpo. O passado
está salvo, mas não salva a hora presente.
O bicho, Bandeira, quer dizer, o homem
que alimentou seu poema, ainda nutre
o meu com a sua fome. A poesia se repete
ou a mão que ajuda não cresce? Rastreio
para não trair a palavra do meu tempo.
De grossos muros, de folhas machucadas
É que caminham as gentes pelas ruas.
De dolorido sumo e de duras frentes
É que são feitas as caras. Ai, Tempo
Entardecido de sons que não compreendo.
Olhares que se fazem bofetadas, passos
Cavados, fundos, vindos de um alto poço
De um sinistro Nada. E bocas tortuosas
Sem palavras.
E o que há de ser da minha boca de inventos
Neste entardecer. E do ouro que sai
Da garganta dos loucos, o que há de ser?
Uma gota de leite
me escorre entre os seios.
Uma mancha de sangue
me enfeita entre as pernas.
Meia palavra mordida
me foge da boca.
Vagos desejos insinuam esperanças.
Eu-mulher em rios vermelhos
inauguro a vida.
Em baixa voz
violento os tímpanos do mundo.
Antevejo.
Antecipo.
Antes-vivo
Morder o fruto amargo e não cuspir
mas avisar aos outros quanto é amargo,
cumprir o trato injusto e não falhar
mas avisar aos outros quanto é injusto,
sofrer o esquema falso e não ceder
mas avisar aos outros quanto é falso;
dizer também que são coisas mutáveis…
E quando em muitos a noção pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
Poema de Marie Howe, tradução de Thiago Gallego Continue reading »
Poema de Catarina Lins Continue reading »
Poema de José Maria Continue reading »
Poesia de Ítalo Diblasi Continue reading »
de Fernanda Morse Continue reading »
Poesia de Catarina Lins Continue reading »
Poesia de Anna Luiza Terra Continue reading »
Poema de José Reis Continue reading »
Poesia de Vitor Faria Continue reading »
Poemas de Leonardo Marona Continue reading »
Poema de Luís Octávio G. Continue reading »
Poema de Rodolfo Teixeira Continue reading »
Poema de Luís Octávio G. Continue reading »
Poesia de Italo Diblasi Continue reading »
Senhor Cidadão é uma música de Tom Zé lançada originalmente no álbum Tom Zé de 1972, que depois foi relançado em 1984 com o nome de Se o Caso é Chorar. A música começa com Augusto de Campos declamando seu poema “Cidade City Cité”. Enquanto Campos trata da cidade através de suas mais diversas características, Tom Zé parte da figura do cidadão e seu instinto competitivo.