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poesia brasileira

Corpo em ruínas: a convulsão p(r)o(f)ética da palavra

Como adverte o próprio título/subtítulo, Corpo de Festim – Antropoemas, responde à necessidade de instaurar um olhar antropológico sobre a realidade humana, tanto em sua dimensão social quanto psicológica. Transcendendo a condição de mergulho catártico, os poemas de Alexandre Guarniei, a priori, sinalizam uma preocupação não apenas estética.

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Poema

diríamos: pedra sobre
pedra, um gesto – animal
feroz que dissimula as
mordaças. eu pousaria
minha testa sobre a
tua. diríamos: névoa
embaraçosa, ferro
sobre fogo, uma tosse
durante o dia, um
embalo prosaico à tarde.

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As maritacas voam porque berram

Não, não é muito lírico. Nem limpo. O título pesado sugere o que acontecerá. Betoneira é a máquina usada para misturar os materiais que produzem concreto: pedra, água, cimento e areia. E nessas quatro partes é que se divide o segundo livro de poemas de Thiago Cervan.

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Dada

Se perdeu entre outras linhas
Retas, curvas, sobrepostas, cruzadas
Tangentes à razão e à insanidade

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Um ponto cego nos dias

Mais cotidiano que o cotidiano (2013, Azougue) sugere muitas perguntas. Ao imergir no cotidiano (subst. m.) para extrair dele, como em uma mina, o que seria mais cotidiano (adj.) que o tal, Alberto Pucheu assume a difícil tarefa de imergir na água grossa que nos cerca todos os dias.

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2 poemas

é o menino
que pra onde foi menino?
da mesma mãe de palavras
e por tantas outras
talvez sim menino
plural dele mesmo
fugiu de sua casa
tinha lá as suas coisas
de brinquedo
de menino

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sombras de goya

meu amigo, estais enlutado,
com alguém que acabou de perder o esteio
mas que sabe que a vida continua.
e continua, e é preciso ironizá-la.
choras porque sabes que o caminho não é tão curto,
que encontrarás nas árvores mais altas a flor nascendo
e que o fruto, se não comido, apodrecerá.

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catar-se

meu corpo é uma usina
de tártaro e metal rasgado
pulsando em vertigens
gerando luz de estrela em céu deserto

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pedra de rio

Tentei aparar com as mãos
o som da água nascente que corria
e vi sua trança cristalina
avançar no mundo
corrente e perseverante
a água seguia constante
o seu fluxo de vida

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Em via

I

ao viandante
idos os mapas
a bússola
o astrolábio
resta
a velha nau

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