O diálogo afetivo na poesia contemporânea
Um carinho entre “Cortejo” (2014, Lábia Gentil) de Pedro Lago e “Experiência do calor” (2014, Lábia Gentil) de Pedro Rocha.
Um carinho entre “Cortejo” (2014, Lábia Gentil) de Pedro Lago e “Experiência do calor” (2014, Lábia Gentil) de Pedro Rocha.
O feminismo é um movimento social que causou um impacto enorme na teoria e na crítica de cinema. O cinema é considerado pelas feministas como uma prática cultural que representa mitos sobre mulheres e a feminilidade, assim como sobre homens e a masculinidade.
Como adverte o próprio título/subtítulo, Corpo de Festim – Antropoemas, responde à necessidade de instaurar um olhar antropológico sobre a realidade humana, tanto em sua dimensão social quanto psicológica. Transcendendo a condição de mergulho catártico, os poemas de Alexandre Guarniei, a priori, sinalizam uma preocupação não apenas estética.
Fazendo parte do aparato crítico a um ensaio do critico literário italiano Walter Siti, o vigésimo segundo capitulo do texto Sobre a Comédia de Pierre Nicole ilustra de forma concisa como os romances eram vistos pela sociedade do século XVII.
Alguns meses após a morte de Fiódor Dostoiévski, Nikolai Mikhailóvski, crítico russo muito envolvido com o movimento populista, de vertente socialista, e com política em geral, escreveu o artigo “Um talento cruel”. Este veio a ser muito famoso na história da crítica literária russa, pois seria uma síntese da visão que parte da esquerda russa tinha do autor, além do modo como ele foi enxergado na época da União Soviética.
Esta é a fotografia de um dos primeiros trabalhos de Marcel Broodthaers (1924-1976), poeta e artista belga. Trata-se de uma pilha de livros de poesia de sua autoria envoltos por uma massa de gesso. A forma plástica parece engolir a literatura: declara a inalcançabilidade do texto a favor da matéria. Resta-nos um rastro: Pense-Bête: lembrete. Uma espécie de alegoria prognóstica do que viria a ser sua obra.
Não, não é muito lírico. Nem limpo. O título pesado sugere o que acontecerá. Betoneira é a máquina usada para misturar os materiais que produzem concreto: pedra, água, cimento e areia. E nessas quatro partes é que se divide o segundo livro de poemas de Thiago Cervan.
Destaque da 31a Bienal de São Paulo, gerando curiosidade do público e comentários da crítica, Inferno (2013) é um trabalho de videoarte de cerca de vinte minutos da artista israelense Yael Bartana. O vídeo narra a autoimplosão do Templo do Rei Salomão durante aquilo que seria sua inauguração.
Mais cotidiano que o cotidiano (2013, Azougue) sugere muitas perguntas. Ao imergir no cotidiano (subst. m.) para extrair dele, como em uma mina, o que seria mais cotidiano (adj.) que o tal, Alberto Pucheu assume a difícil tarefa de imergir na água grossa que nos cerca todos os dias.
O período da escravidão negra no Brasil ainda é uma temática turva, embaçada e confusa. Restaram-nos dos longos séculos de escravização apenas a frieza dos documentos oficiais – algumas listas com registros de comercialização de negros africanos; datas e leis referentes ao trabalho escravo – além de algumas imagens apreendidas em forma de gravura, pintura e fotografia.