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priscila alba

Mito, Filosofia e Literatura

Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da humanidade. Fernando Pessoa Com frequência, quando se pensa em mito e em mitologia, nos vem à mente a definição de uma narrativa ficcional ou fantástica, onde o elemento da fantasia imprimiria aos mitos

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Αεικουω

Do presépio onde tudo se perfazia estático – simultâneo repetir-se de matérias belas, repetidas em arte de pequena eternidade – os Três Reis introduziam o tempo.   Narra o velho prudente, em livro de mântica linguística, que o nomear é uma ação. No Gênesis 2:19-20, por exemplo, o Nome-Deus-Poietés depois

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“Eu não sei nadar…”: Riobaldo e a práxis da existência

O título escolhido para este ensaio, “eu não sei nadar”, é uma frase proferida pelo narrador-personagem – Riobaldo – da obra-prima de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. Obra-prima? O que é uma obra-prima? Obra alude a trabalho, produção de um artista, cientista, artesão, etc Por exemplo, quando chamamos um pedreiro

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Vida, Capitalismo e Literatura: alguns apontamentos

Como começar? Como começar um mundo, ou antes, como começar em um mundo que parece se aproximar do fim? Por que começar? Estas não são apenas perguntas que fazem o pensamento girar, são perguntas que estão na ponta dos dedos, e quando elas circulam como sangue pelo corpo, quando elas deixam de ser apenas pensamento para serem perguntas-letras, algo da resposta já se insinuou…

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Verdade e ponto de vista

Em um mundo de não-senso, ou seja, de sentido desprovido de sentido que, nem por isso, se apresenta como ausência, mas ao contrário, que assume a totalidade do poder ser, ainda que se torne um poder ser que aniquila o próprio sentido, é preciso que, como Platão, saibamos reconhecer as ambiguidades e as falsidades da e na dinâmica histórica.

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Breve história da cri-(a)-ção do Mundo – por Priscila Alba

Nada-menino, uma vez era. Nada, na medida em que passava e engrandecia, sentiu-se sozinho, quis conversar. Quis conversar, mas percebeu que ele, Nada, sozinho estava. Indagou:

– Por quê esta solidão?

Nada pensou e, ao pensar, concluiu:

– Se me chamo Nada e me sinto sozinho, procuro alguém e não acho… Creio que, outro Nada, não deve haver.

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