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poesia

Corpo em ruínas: a convulsão p(r)o(f)ética da palavra

Como adverte o próprio título/subtítulo, Corpo de Festim – Antropoemas, responde à necessidade de instaurar um olhar antropológico sobre a realidade humana, tanto em sua dimensão social quanto psicológica. Transcendendo a condição de mergulho catártico, os poemas de Alexandre Guarniei, a priori, sinalizam uma preocupação não apenas estética.

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Eu utilizo o objeto como uma palavra zero

Esta é a fotografia de um dos primeiros trabalhos de Marcel Broodthaers (1924-1976), poeta e artista belga. Trata-se de uma pilha de livros de poesia de sua autoria envoltos por uma massa de gesso. A forma plástica parece engolir a literatura: declara a inalcançabilidade do texto a favor da matéria. Resta-nos um rastro: Pense-Bête: lembrete. Uma espécie de alegoria prognóstica do que viria a ser sua obra.

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Poema

diríamos: pedra sobre
pedra, um gesto – animal
feroz que dissimula as
mordaças. eu pousaria
minha testa sobre a
tua. diríamos: névoa
embaraçosa, ferro
sobre fogo, uma tosse
durante o dia, um
embalo prosaico à tarde.

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As maritacas voam porque berram

Não, não é muito lírico. Nem limpo. O título pesado sugere o que acontecerá. Betoneira é a máquina usada para misturar os materiais que produzem concreto: pedra, água, cimento e areia. E nessas quatro partes é que se divide o segundo livro de poemas de Thiago Cervan.

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Dada

Se perdeu entre outras linhas
Retas, curvas, sobrepostas, cruzadas
Tangentes à razão e à insanidade

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Um ponto cego nos dias

Mais cotidiano que o cotidiano (2013, Azougue) sugere muitas perguntas. Ao imergir no cotidiano (subst. m.) para extrair dele, como em uma mina, o que seria mais cotidiano (adj.) que o tal, Alberto Pucheu assume a difícil tarefa de imergir na água grossa que nos cerca todos os dias.

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2 poemas

é o menino
que pra onde foi menino?
da mesma mãe de palavras
e por tantas outras
talvez sim menino
plural dele mesmo
fugiu de sua casa
tinha lá as suas coisas
de brinquedo
de menino

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O amadurecimento dado a mim por um jornal

Xu Lizhli foi um poeta chinês contemporâneo. Ele se suicidou no dia 30 de setembro desse ano, quando ainda tinha apenas 24 anos. Trabalhava na empresa originada em Taiwan, Foxconn – que tem em seu histórico dezenas de tentativas de suicidio por seus funcionarios. Sua poesia tem o sentimento de exploração e de falta de significado que grande parte dos trabalhadores chineses contemporâneos carrega.

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sombras de goya

meu amigo, estais enlutado,
com alguém que acabou de perder o esteio
mas que sabe que a vida continua.
e continua, e é preciso ironizá-la.
choras porque sabes que o caminho não é tão curto,
que encontrarás nas árvores mais altas a flor nascendo
e que o fruto, se não comido, apodrecerá.

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catar-se

meu corpo é uma usina
de tártaro e metal rasgado
pulsando em vertigens
gerando luz de estrela em céu deserto

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