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poesia contemporânea

Melany

Será mesmo outra sessão?
(the big brother [circa 1943]),
a enfermeira
com estilhaços além da própria
visão, cuida das próprias
feridas como se fossem
de uma outra que tem a morte nas mãos e diz
que a noite não demora
muito à forçar os seres adentro de si

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Primeiro o Som

Primeiro o Som
Daí veio e eu vi
o Trio na varanda
e procurei o céu

Vi Três seres nas cores branco,
verde e vermelho
E o cigarro aceso. Daí pensei
E entendi aquilo de encontrar um espaço,
de se sentir em casa – reunido

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Poemas

leões mansos que nos rodeiam em silêncio
honram o sagrado território do amor.
tudo o que passa é apenas semelhança,
é preciso urgentemente uma cirurgia no coração.
é preciso preencher estas linhas também
como pontos e grampos na pele profanada.
é o silêncio assassino dos leões mansos
aquilo que nos conforta, a natureza dupla
de um rugido de mil leões mansos enjaulados…

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Mareorama

uma coluna tão reta
às 11 da manhã
numa praia deserta
porque é dia de semana
é um convite a matar
todas as aulas

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Fevereiro

Ingestão de dietilamida e ninguém não sorri debaixo do sol, dançando amargo-salivado, agarrado nas bandas do nbome (que todo mundo resolveu falar e se fazer de preocupado agora, como se amargar nunca fosse utilizado como parâmetro de qualidade; e eu também, só sommelier nóia e charlatão).

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TSUNAMI

Quando o tsunami chegou como sempre sem ser anunciado
eu levava na mochila o ‘Óleo das horas dormidas’ do Leo, livro que aliás o Leo tinha me mostrado logo após uma onda
estranha que também havia levado alguns de seus pertences

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lajeado

uma lua de nuvem
no sol das águas
enquanto propago
palavras em bolhas

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o iniciado II

quem te dá nome
te fere te fura
nem fome oferece
nem some figura
que mundo ignora
não cora não cura
madeira que seca
num fundo ternura
te cheira e consome
te peca insegura

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