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poesia contemporânea

A fruta sem-nome (o brilho do sol)

para cafi, a primeira pessoa que vi morrer Aqui a quimera, mera flor do êxodo, o doce oceano da dúvida, vida. Ali o ali – mento todo, o doido doído do ódio, o dia adiado do amor. A morte súbita e tão cruel do medo, o corte abrupto e tão

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No fundo

No fundo, cada gesto performa uma espécie de palavra, uma noite quente e estrelada, o canto dos pássaros, os carros passando na rua, pessoas nos karaokês, as mãos da amada no rosto, o abraço na noite, o aconchego do colo, o piscar – ou mesmo a falta – dos olhos…

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Revolução Cubana

Ana de Jesus me viu bebê. É uma das melhores amigas da minha mãe. Ela me olha com o coração assustado. Eu, com 35 anos e cara de menino, estou pronto pra largar a poesia de lado e construir coisas grandes. Ana me conhece bem sem nunca ter falado comigo

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ritual de vida para a morte

Crucial o momento em que fazer sentido já não faz sentido aquele instante em que de madrugada, o vento nas árvores – e o que mais? só isso (penso que devo ter morrido). hum? Que me diz desse momento – em que se intui que melhor seria fundir-se às coisas

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do controle sob o acaso

seria bom saber de ti um pouco mais que a discórdia. arrastar flores ou enlear cítaras falsas com imagens de praias e céus. desenhar Pernambuco na tua imag – inação enredada de ritmos condutos guinados pela irreverência do acaso – ah, o acaso. tentar lhe medir partículas, calcular movimentos atômicos

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Conversa

elisa tomou o choque

paulo se enforcou no prego

eu permaneci na minha
nem tudo se resolve

não quero te dar a dica

é claro que me comove

estilhaçar­-se todos os dias

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quem tem ensinado é a rainha

eram dois olhos imensos engolindo o céu das copas, a dança dos ventos, o direcionamento azul, tal qual mar a lua crescente ao revés n’outro continente dia ainda ou tua luz mais bonita, quando brincam Sol e Vênus deitada sobre a linha do horizonte apenas com a força da mente

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parques

contém a morte da pessoa antiga sua grandeza, a nova consciência mal perceber a noite que com ela entra senão por essas lentes, tudo tornando outro é seu batismo. Essas imensas figueiras o lago verde, as casas amarelas a ponte em que se passa, acima as copas frondosas mãos junto

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serra dos órgãos, no quarto ano da Chuva

Sento na escada de pedra e limo, rachada pela metade em todos os degraus. A terra por debaixo briga para levantá-la, expulsá-la do domínio conquistado. Contamos cem ou talvez cento e dez, cento e vinte anos que foi construída, aqui no lado leste da casa, no exílio de todos os

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Ys – Joanna Newsom

Joanna Newsom é uma compositora e harpista norte-americana. Nascida de uma família abastada e tradicional da Califórnia, começou a estudar harpa ainda criança e logo se engajou nos estudos de música – participando de bandas e atividades artísticas na região da cidade de São Francisco, perto de onde morava. Ys

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