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literatura brasileira

atrás da montanha (primeiro capítulo do livro Ganga)

“The mountain is an animal wounded on its way to the sea, its limbs grasping the earth. I call it ‘The Woman’” Etel Adnan “My father, my grandfather, my cousins, they all look at the mountain as if it were our mother, as if it were our grandmother.” Ailton Krenak

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à procura de entrelinha

Quando isso a que chamo de desejo de escrita anunciava-se em mim, antigamente, é o que vou começar a tentar dizer. Destino infalível de mim, quase mulher que inspira ar de delírio enquanto minhas narinas encontram-se irritadas com tanto tabaco que ando a consumir nesses dias descontentes de calor e pouca fruição.

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o segredo da voz

o primeiro canto que eu me lembro de ter parado para escutar foi o da cigarra. toco de gente pelada, à beira do poção onde nós meninos virávamos peixes sedentos em meio à algazarra. eu devia ter uns três anos ainda, mas tenho bem presente em meu corpo aquele som riscando os ouvidos: sim, com meu corpo todo que me lembro daquele momento, pois o zunido me atravessava por inteiro, e assim tive minha primeira vibração, minha ressonância inicial. a partir de então, percebi que alguns sons me punham como que em transe.

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Os Santinhos da João Afonso

Coloco os pés na luz e os olhos no chão da rua. Assim bem cedo, ou mais tarde, às vezes apressada, ando olhando para baixo, para frente, e para os lados. Antes que acabe essa minha pequena rua de paralelepípedo percebo que o chão está cheio de pequeninos pedaços de papel. Alguns bem pisoteados outros intocados. São santinhos, imagens estáticas me olham e forram não só o chão, como o vidro dos carros e os fundos das caixas de correspondência. Nunca tem dois santinhos diferentes no mesmo dia, quando é dia de nossa senhora, é dia de nossa senhora. Não é aconselhável confundir os santos

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Aconteceu ontem mesmo

uns uns, os que vieram, e trouxeram roupa comida agasalho. e diziam e comemoravam e andavam às custas dos outros, os que vieram, e depois disseram que não vinham mais. não se soube mais disso ou daquilo disso ou daquilo, foi-se, como se foram os mancos, os outros e os que vieram depois. de início todos quiseram participar, chegaram e trouxeram bebida comida sentaram à mesa.

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Em pedaços

Do que tinha, nada a faltava.

As denotações improváveis geravam prováveis paradoxos em um litoral de pensamentos que questionava se esse mar realmente a pertencia, pois andava com uma bússola sem norte. Quantas impressões a deixavam uma cachoeira aprisionada. Queria uma vida com o verbo resetar em que um marca livro virasse um marca texto.

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Maria Leporina

Conto do escritor carioca ganhador do Prêmio Sesc de Literatura de 2013. João Paulo Vereza mora em São Paulo e trabalha como redator publicitário. Seus contos, de histórias leves, carregam quase sempre um tom irônico.

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Nossa! O que há com teu peru?

Hilda Hilst é considerada um dos maiores nomes da literatura brasileira do século XX. Poeta, cronista e ficcionista, morreu em 2004 na cidade de Campinas. “Nossa! O que há com teu peru?” é um crônica publicada, originalmente, no jornal “Correio Popular”, da cidade na qual a autora faleceu. Também integra o livro “Cascos & Carícias’, da Globo Editora.

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Aí Pelas Três da Tarde

“Aí pelas Três da Tarde” faz parte do livro “Menina a Caminho” de Raduan Nassar, que reúne contos escritos pelo autor ao longo de sua vida. Uma das figuras mais polêmicas da literatura brasileira, lançou apenas dois livros

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