
Subjetividade na tela, política no cinema
A elaboração narrativa de sua família, interpretada por eles mesmos, constrói no âmbito da mise-en-scène um específico contrato com o real. Interpretações de não-atores que se assumem numa ficção.
A elaboração narrativa de sua família, interpretada por eles mesmos, constrói no âmbito da mise-en-scène um específico contrato com o real. Interpretações de não-atores que se assumem numa ficção.
Primeira parte da tradução do ensaio introdutório ao livro “The Lonely Voice, a study of the short story”, do escritor e teórico literário irlandês, Frank O’Connor, publicado originalmente em 1963. O ensaio é considerado de grande importância para a teoria literária moderna, sendo um dos primeiros estudos de maior porte sobre o conto, no qual o autor percorre as suas teses acerca da diferença entre este e o romance…
Ultrapassar o ato passivo do puro espectador e meter-se no estudo da vida e obra de Michael Haneke1, cineasta austríaco dos mais premiados da atualidade, é ver-se envolto em concepções epistemológicas sobre o Cinema, teses sobre seu possível “realismo ontológico”1, paralelismo bretchinianos e deleuzianos, mise-en-abyme2 e outros pedantismos teóricos…
Boyhood, recém lançado nas salas de cinema do Brasil, chega badalado de expectativas por sua inovação: Linklater filmou com os mesmos atores durante 12 anos para, no fim, construir um filme que mostrasse o crescimento do personagem principal: dos 6 aos 18. Porém, o mesmo diretor já havia realizado uma experiência semelhante.
O pintor está condenado a agradar. Não pode de nenhuma maneira transformar uma pintura num objeto de aversão. O propósito de um espantalho é espantar as aves do campo em que está plantado, mas a mais terrível pintura está lá para atrair visitantes. A tortura real pode até ser interessante, mas em geral isso não pode ser considerado como seu propósito.
Limite é um duro retrato da efêmera e insignificante existência humana, mas é também, um poema que presta um verdadeiro elogio de amor ao cinema e a vida.
O que está diante de nós quando assistimos um filme como A religiosa Portuguesa? Durante breve e intensa passagem pelo Brasil, pude acompanhar as doces palavras do realizador americano radicado na França, Eugène Green. Uma no Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense e outra na sala 3 do Estação Botafogo, após a exibição de seu último filme, La Sapienza (2014). A radicalidade e a afirmação encantam a uma primeira vista.
Tudo evidencia essa preocupação que dominava a cabeça do diretor e que o fez esquecer da pessoa-Santiago, que estava ali. Absorto em suas preocupações estéticas, o cineasta (ou documentarista, como ele prefere se chamar) parece ter esquecido que o filme era sobre uma pessoa e era nela que ele devia se concentrar.
Sem que os autores soubessem que seriam publicados juntos, reunimos aqui dois relatos referentes à exposição Cabeça – Milton Machado, mostra importante que finalmente congrega a obra do artista no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.
O relato de uma Experiência de caráter Pedagógico, Museal e Performático.