Entrevista com Tatiana Blass
“O lugar da arte é de criar situações e objetos que ativem campos em aberto, podendo gerar imaginação, reflexão, mas pode ser que isto não aconteça…”
“O lugar da arte é de criar situações e objetos que ativem campos em aberto, podendo gerar imaginação, reflexão, mas pode ser que isto não aconteça…”
Jean-Michel veio da parte underground de Nova Iorque, onde era conhecido como o grafiteiro SAMO, cujas tags carregavam sempre um cunho político-poético. Sua obra contém representações quase sempre figurativas de ordem social, tendo herdado muitos elementos de arte de povos indígenas e do graffiti, que ainda era algo que insurgia no mercado de arte norte-americano.
Marcel Duchamp, Gregory Bateson e Frank Lloyd Wright, referências nos campos da arte, antropologia e arquitetura comparecem ao lado de outros importantes convidados no hoje célebre simpósio The Western Round Table on Modern Art (1949) para revisitar e discutir as contribuições e questões levantadas pela arte moderna.
“A opção por expor Antonio Manuel, um artista em atividade desde os anos 60, junto a dois jovens artistas, Berna Reale e André Komatsu, permite ao público observar que a resistência através da arte não é algo inédito no contexto brasileiro”
Os anos 60 e 70 no Brasil foram marcados por uma produção artística efervescente. Situados num contexto político delicado, protagonizado pela ditadura militar, foram o momento no qual era preciso repensar o fazer artístico e seu alcance e ressonância social. Ainda que as artes visuais fossem a categoria menos perseguida pela censura, muitos artistas do período produziram obras de caráter político e contestatório como forma de reagir ao regime vigente.
Duas experiências cinematográficas de João Wladimir Bernardes
Tucuman Arde foi um evento organizado em 1968 por artistas argentinos nas cidades Rosário e Buenos Aires. Em Rosário durou uma semana e em Buenos Aires foi fechada no mesmo dia de sua inauguração. Tratava-se de uma exposição bienal que reunia documentos e imagens produzidos na província de Tucuman, onde a pobreza era crescente, além de trabalhos de cunho político e contestatório ao regime ditatorial e ao neoliberalismo.
Camille Claudel (1864-1943) foi uma escultura francesa geralmente ligada à figura do escultor Rodin, seu mentor e amante. Tida como figura de segundo plano por muito tempo, a história de Camille foi resgatada nos últimos tempos como forma de fazer justiça à sua obra de maneira independente à de Rodin.
Destaque da 31a Bienal de São Paulo, gerando curiosidade do público e comentários da crítica, Inferno (2013) é um trabalho de videoarte de cerca de vinte minutos da artista israelense Yael Bartana. O vídeo narra a autoimplosão do Templo do Rei Salomão durante aquilo que seria sua inauguração.