Tucuman Arde foi um evento organizado em 1968 por artistas argentinos nas cidades Rosário e Buenos Aires. Em Rosário durou uma semana e em Buenos Aires foi fechada no mesmo dia de sua inauguração. Tratava-se de uma exposição bienal que reunia documentos e imagens produzidos na província de Tucuman, onde a pobreza era crescente, além de trabalhos de cunho político e contestatório ao regime ditatorial e ao neoliberalismo. Tucuman Arde é considerado um dos eventos mais importantes da arte argentina.
Era importante, mais do que acompanhar as transformações que dilaceravam o objeto artístico naquele momento, atribuir-lhe engajamento político através de ações radicais que questionavam também o circuito institucional da arte. Tucuman Arde, mais do que um evento artístico, era um evento político que se considerava revolucionário, produzindo uma arte que exigia uma nova postura do espectador, exigindo, sobretudo, ação. Além disso, Tucuman Arde é um exemplo de algo cada vez mais presente nas práticas artísticas contemporâneas: a postura do artista como historiador e antropólogo.
O programa de ação pautava-se em alguns itens:
1. Espalhar cartazes com o nome “TUCUMAN” pela cidade, sem nenhuma informação concreta.
2. Espalhar cartazes anunciando a primeira bienal de vanguarda da Argentina.
3. Levar um grande grupo de artistas da vanguarda de Buenos Aires e Rosário para Tucuman, a fim de fugir do foco de repressão das grandes cidades e organizar e internalizar os problemas da região.
4. Pixar a cidade de Tucuman com a frase “Tucuman Arde”
5. Retorno a Rosário e Buenos Aires para exibição dos materiais e imagens recolhidos.