Claudio Assis é um cineasta pernambucano. Ácido e controverso, tem um estilo muito próprio que transborda em seus filmes. Os três longas-metragens de ficção que realizou até agora abordam temas característicos de Pernambuco, primeiro em seu mapa da vida cotidiana no Recife, depois num retrato da prostituição no interior, e por último mergulhando nas profundezas da capital – através da poesia. A nudez e o sexo são aspectos presentes em sua obra.
Enfrentando as dificuldades de produção no Brasil, Assis não abre mão de seu cinema e critica veementemente a indústria cinematográfica, assim como padronizações ou filmes assumidamente comerciais. O plano zenital – ou plongé absoluto – ficou marcado em sua filmografia, sendo utilizado em todos os três filmes e colaborando para suas composições estéticas.