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poesia contemporânea brasileira

Ressurreição de Cristo

lendo Julia Raiz Antes que se deem conta, movo a pedra sem tocá-la. Que me olhem agora: apareço só para te deixar em dúvida. Você não sabe se existo mesmo. Se posso mesmo fazer como está escrito.   *** N.E: O poema faz parte da série “História, poema”. Você pode

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Nova Jerusalém

às vezes tenho pretensões nada humildes sobre as coisas que quero escrever, refazer Eclesiastes, e dizer eu mesmo o que disse Salomão, Salomão agora dá ensinamentos sobre como é fazer poesia no Rio de Janeiro, então, imagino que isso seja possível, e o hebraico se abre para mim, todos os

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Invenção da luz

continuo tendo ambições muito humildes sobre o que quero escrever, e agora quero refazer Gênesis, apenas para dizer No início era o algodão, e depois um fio, então, surgiu o texto, este texto, da primeira língua ninguém mais fala   ***   N.E: O poema faz parte da série “História,

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Transmigração

I. Vide o fato da grandeza: não posso transmigrar o que me sonha a beleza. Mas supondo que a posso, qual seria essa beleza que tanto tento e endosso? Penso que saudade da morte não seria, nem o transmigrar de uma vida com sua sorte. Pois a beleza é harmonia

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História, poema

Recentemente comecei um trabalho de criação de textos que se concentra exatamente nisso: o que é o trabalho de poeta. Foi pensando nesse trabalho que fiquei um tempo prestando atenção em alguns temas – aqueles que mais se repetem e que parecem ser especialmente escolhidos para que o arquétipo do

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Os sons, os sonhos e os seres de Ada

Retornaram primeiro os animais maiores: mamutes e elefantes, ao lado das antigas aves, pterodátilos e rinocerontes. Ali, os rinocerontes também tinham asas e penas, como os pterodátilos e os mamutes. Todos eram amigos, e viviam em paz e harmonia. O sonho era de Ada, porque alguém precisa ser sonhado –

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Canção para não morrer

Aqui, aos pés da cruz, já não choro como antes chorava. Os amores perdidos, as promessas desfeitas: os vejo como quem vê uma flor, um oceano, uma parede. Retornei aos meus anos divinos e nada encontrei, fui atrás dos amores sinceros e nada obtive. Agora me sento aqui, no banco

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parques

contém a morte da pessoa antiga sua grandeza, a nova consciência mal perceber a noite que com ela entra senão por essas lentes, tudo tornando outro é seu batismo. Essas imensas figueiras o lago verde, as casas amarelas a ponte em que se passa, acima as copas frondosas mãos junto

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uma canta, a outra não

merci pour les paysages porque no dia seguinte falamos de incesto e era como se falássemos de nós e eu precisei dizer que nem sempre me importava obrigada por me trazer de volta ao cinema desvendar o trauma através das imagens acreditar que existe algo mais nas paredes de ladrilhos

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