
poema como quem não quer nada
queria um poema límpido como um copo dágua um viver a sede como quem ouviu o som da rede e balançou também
queria um poema límpido como um copo dágua um viver a sede como quem ouviu o som da rede e balançou também
para João Cabral de Melo Neto Erguido em eras, novas fases, aeronaves à sorte: um dia a menos ao menos se diria, quem sabe o toque, a agonia, quem sabe o corte onde cabe a vida, ida – ir e não ir como uma ferida. De perto tudo
Rumaram os dois a bordo, o pai e o filho, entre as canoas silvestres daquele lugar. Aos poucos se recordavam, ambos, e era tudo que podiam fazer: o silêncio do ir e vir da água, a superfície lisa o interior profundo, caudaloso. O filho fazia o ar de suspiro, quase
Retornaram primeiro os animais maiores: mamutes e elefantes, ao lado das antigas aves, pterodátilos e rinocerontes. Ali, os rinocerontes também tinham asas e penas, como os pterodátilos e os mamutes. Todos eram amigos, e viviam em paz e harmonia. O sonho era de Ada, porque alguém precisa ser sonhado –
Aqui, aos pés da cruz, já não choro como antes chorava. Os amores perdidos, as promessas desfeitas: os vejo como quem vê uma flor, um oceano, uma parede. Retornei aos meus anos divinos e nada encontrei, fui atrás dos amores sinceros e nada obtive. Agora me sento aqui, no banco
para matheus kerr, matheus ramos-mendes e kissel goldblum investigar a consciência, sonhar. reminiscência: o universo inteiro já aconteceu. nós chegamos nos lugares que sempre chegamos isso aqui já aconteceu a visão da jornada xamânica e da vida cotidiana não são diferentes. isso não. a imaginação é faculdade da memória,
quem de ferro fere o fogo quem
de quase fura o corpo qual
carícia em tempo firme
qual malícia escapa à
sorte