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irene baltazar

Os sons, os sonhos e os seres de Ada

Retornaram primeiro os animais maiores: mamutes e elefantes, ao lado das antigas aves, pterodátilos e rinocerontes. Ali, os rinocerontes também tinham asas e penas, como os pterodátilos e os mamutes. Todos eram amigos, e viviam em paz e harmonia. O sonho era de Ada, porque alguém precisa ser sonhado –

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a quarta estação

eram ferozes, feras ferozes, que vinham sentiam o piscar dos olhos, as pálpebras dobrando, arrefecendo. nisso que saíram, aos poucos, casais de muitos tipos, os dentes sobrando pra fora, a boca mordida pra dentro, lábios carnudos. vultos ou sombras, aquilo que se espiava, o mudo o mudo barulho que se ouvia.

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Aconteceu ontem mesmo

uns uns, os que vieram, e trouxeram roupa comida agasalho. e diziam e comemoravam e andavam às custas dos outros, os que vieram, e depois disseram que não vinham mais. não se soube mais disso ou daquilo disso ou daquilo, foi-se, como se foram os mancos, os outros e os que vieram depois. de início todos quiseram participar, chegaram e trouxeram bebida comida sentaram à mesa.

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o iniciado II

quem te dá nome
te fere te fura
nem fome oferece
nem some figura
que mundo ignora
não cora não cura
madeira que seca
num fundo ternura
te cheira e consome
te peca insegura

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Poema

diríamos: pedra sobre
pedra, um gesto – animal
feroz que dissimula as
mordaças. eu pousaria
minha testa sobre a
tua. diríamos: névoa
embaraçosa, ferro
sobre fogo, uma tosse
durante o dia, um
embalo prosaico à tarde.

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poeta

poeta, você de boca
torta mas nem tão torta assim
de pele lisa mas nem tão lisa
assim de pelo escuro mas
nem tão escuro assim
você que não pode sentir
o calor das cadenas – quem
te prefere? (…)

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