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história do cinema

A Busca Totalizante do Significado

Em um mundo completamente catalogado, o cinema é frequentemente reificado como um corpo de tradições. Conhecê-lo pode representar sua destruição, a não ser que o jogo continue a mudar de regras, sem se convencer de seus encerramentos, sempre ansioso para vencer a si mesmo em seus próprios princípios. Por um lado, a verdade é produzida, induzida e estendida de acordo com o regime que está no poder. Por outro, a verdade encontra-se por entre todos os regimes de verdade.

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Já não somos inocentes

A estranha sistematização da linguagem e da sintaxe que Griffith teve de elaborar, de forma mais ou menos confusa, para poder se expressar, e que foi apenas uma consequência superficial de seu universo específico, introduziu o verme na fruta que, a partir de então, não parou de, literalmente, desvitalizar o cinema. Trata-se da lenta criação de uma retórica, sempre mais refinada e mais cheia de nuances, mas também sempre mais impiedosamente analítica.

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Serras da Desordem

Fazendo isso, surge essa água e começa a escorrer pela pedra. Naquela oportunidade eu caio no maior pranto, surpreso, “o que é isso?”, me arrepia e eu choro. E eu estou na mata, 20 anos depois, nessa situação que eu estava contando, olhando a floresta de frente e essa imagem lá de trás, da água surgindo da pedra, eu enxergo os matadores dos índios saindo como se fosse um pedaço da floresta se manifestando.

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Persistência da Retina

Portanto – e isso precisa ficar bem claro – a preocupação do cineasta moderno não é oferecer mensagens mas revelar alguma coisa. Não se trata de impor, através de truques, o que ele já tinha na cabeça mas de tentar descobrir o mundo com a câmera, revelá-lo durante o ato de filmagem. Flagrar as coisas como elas são.

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Jardim de Imagens

Cada plano isolado vale por um filme, é um filme. Foi assim que a história do cinema começou. Lumière: O almoço do bebê é uma cena simples, a mulher e a criança; por trás, as folhas das árvores se movem. Existe um equilíbrio entre os galhos que se movem e a historinha em primeiro plano. Este equilíbrio é o melhor de tudo. Cada parte da imagem vive, independentemente, e isto é bom de ver.

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