Durante os anos 60, o artista plástico americano Chuck Close passou a utilizar uma nova técnica para pintar grandes retratos com tinta acrílica. Para reproduzir o rosto de uma pessoa com exatidão, o artista o fotografa e o revela na escala em que deseja fazer a pintura. Em 1968, Close fez isso com uma fotografia própria. Em uma tela de 2,7m de altura por 2,1 de largura ele pintou seu rosto de forma extremamente realística. Nos anos seguintes, Close faz retratos de vários de seus amigos, como Philip Glass e Richard Serra.
Existem várias críticas a respeito dessa pintura/fotografia de Close. A maioria se utiliza do argumento de que simplesmente pintar um rosto, permanecendo estritamente fiel aos seus detalhes, não faz jus à arte contemporânea; que isso é um processo meramente científico, fotográfico, sem criatividade. Close rebate essas críticas: “A câmera é objetiva. Quando ela captura uma imagem, não faz nenhuma decisão hierárquica sobre um nariz ser mais importante que um queixo. A câmera não tem noção do que está olhando. Ela só captura tudo. Eu quero lidar com a imagem preta e branca, bi-dimensional e carregada de detalhes na superfície.”
Big Self-Portrait, 1968 (273cm, 212cm)