pesquise na USINA
Generic filters

poesia brasileira

Querida, o tempo amansa a gente

aprenderei aos poucos a rezar
como você tentou me ensinar
tantas vezes
a cativar os pássaros
a não temer a gente
a andar pela rua
observando o mato
que resta entre nós

Leia aqui »

3 poemas de Flávia Muniz

Dei a falar com o tempo
O que não disse ao luar da noite
Dei a falar com as horas
Numa língua qualquer
Que só entendem os anjos
Filosofemas de rogação.

Leia aqui »

segunda – poemas e fotos

às vezes é bom ser gato.
– digo isso enquanto faço
carinho nas costelas do
meu que me mostra gentilmente
seu canino esquerdo.
coisa que eu só sei fazer
com o direito.

Leia aqui »

Conversa nº4 – Adelaide Ivánova

esta entrevista foi feita em dois dias diferentes, com pouco mais de uma semana de diferença entre eles. no dia 31 de julho de 2018, ano da morte de marielle e da queima do museu nacional, encontrei adelaide ivanova em berlim, onde tinha ido para visitar minha mãe. no dia mais quente do ano, fomos, junto com naomi baranek e victinho vasconcellos, ao krumme lanke, um famoso lago da cidade, e talvez o mais agradável de todos. sentamos na areia e, depois de um mergulho, começamos a conversar.

Leia aqui »

Alguns poemas

sem internet na cidade capital do sol. com chuva. há dias. organizar os pensamentos questão de v1d4 ou morte. sob risco. apalpar as urgências, mesmo criá-las novas e de novo. a cabeça debaixo d`água numa piscina azul que reluta aceitar a condição de bacia e transborda. as bordas. mais de 1 minuto debaixo dágua tentativa e erro. submersão abrutalhada respiração feita do parto escute – o som é iletrável – puxe o ar com força e susto-agora. impressão de nascer de novo sob o contorno de outras águas.

Leia aqui »

epígrafe

quem de ferro fere o fogo quem
de quase fura o corpo qual
carícia em tempo firme
qual malícia escapa à
sorte

Leia aqui »