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poema

Invenção da luz

continuo tendo ambições muito humildes sobre o que quero escrever, e agora quero refazer Gênesis, apenas para dizer No início era o algodão, e depois um fio, então, surgiu o texto, este texto, da primeira língua ninguém mais fala   ***   N.E: O poema faz parte da série “História,

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Revolução Cubana

Ana de Jesus me viu bebê. É uma das melhores amigas da minha mãe. Ela me olha com o coração assustado. Eu, com 35 anos e cara de menino, estou pronto pra largar a poesia de lado e construir coisas grandes. Ana me conhece bem sem nunca ter falado comigo

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do controle sob o acaso

seria bom saber de ti um pouco mais que a discórdia. arrastar flores ou enlear cítaras falsas com imagens de praias e céus. desenhar Pernambuco na tua imag – inação enredada de ritmos condutos guinados pela irreverência do acaso – ah, o acaso. tentar lhe medir partículas, calcular movimentos atômicos

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quem tem ensinado é a rainha

eram dois olhos imensos engolindo o céu das copas, a dança dos ventos, o direcionamento azul, tal qual mar a lua crescente ao revés n’outro continente dia ainda ou tua luz mais bonita, quando brincam Sol e Vênus deitada sobre a linha do horizonte apenas com a força da mente

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sobre voos altos

os pássaros cantam e se agitam
feito crianças pela manhã
Maritaca Bem-te-vi sabiá
cantam suas melodias esperando respostas
quando não as tem repetem uma duas três
muitas vezes até se distraírem

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Querida, o tempo amansa a gente

aprenderei aos poucos a rezar
como você tentou me ensinar
tantas vezes
a cativar os pássaros
a não temer a gente
a andar pela rua
observando o mato
que resta entre nós

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Poema de Bianca Pataro

o silêncio é uma estrada e a distância cavada pelo vazio é intransponível
cada passo dado é um desvio entre frases suspensas,
traçado de fuga aberto em picadas na longa vertigem erguida pelo nada dito

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Três poemas

o sossego do meu pai
quando, nas manhãs de
chuva ou de sol, separa
as sementes enquanto,
sentado no rio, observa
o fluir rasteiro e redondo
das águas, a voz serena
e ruidosa da água.

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Guilherme Zarvos

Há ou havia um crime
Que já não se diz, talvez lírico
Demais – flor ou projétil:

Patas no peito – o som
Do tambor: roleta russa
Em têmporas

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