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linguística

Um espaço que fosse só língua

Sempre me perguntei o porquê não sonhei em ser astronauta. Era como um defeito de infância, um pecado da imaginação. Em momento algum os astros me fascinaram . Todo o imaginário de um espaço lá fora, um imenso espaço inteiro por ser descoberto, não se materializava também em mim. Disseram-me

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Αεικουω

Do presépio onde tudo se perfazia estático – simultâneo repetir-se de matérias belas, repetidas em arte de pequena eternidade – os Três Reis introduziam o tempo.   Narra o velho prudente, em livro de mântica linguística, que o nomear é uma ação. No Gênesis 2:19-20, por exemplo, o Nome-Deus-Poietés depois

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Linguagem e computadores inteligentes: entrevista com Clarisse Sieckenius de Souza

Os computadores, ao contrário das pessoas, não têm a capacidade de imaginar (ou de “antecipar”) coisas, mas apenas de “prevê-las”. A diferença entre previsão e antecipação aparece quando vemos que previsões são feitas com base em modelos estatísticos ou causais, por exemplo, enquanto que o que imaginamos ou “antecipamos”, vem, em sua maior parte, das nossas emoções (desejos e medos), intuições e ponto de observação da realidade, enriquecidos (embora não necessariamente) por probabilidades e causalidades que conhecemos. Ou seja, a nossa linguagem humana nos permite ‘inventar realidades’ e estabelecer, com a própria linguagem, regras e convenções para interpretá-las, reagir a elas, e usá-las. Computacionalmente, esta capacidade é, na melhor das hipóteses, muitíssimo limitada.

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