Priscila Alba acaba de me lembrar desse poema, escrito em homenagem aos mortos do triste massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido há 25 anos atrás. Na ocasião, policiais militares cercaram milhares de sem-teto que realizavam um protesto em uma rodovia do Pará. Com 19 mortos, o momento é lembrado como
Como começar? Como começar um mundo, ou antes, como começar em um mundo que parece se aproximar do fim? Por que começar? Estas não são apenas perguntas que fazem o pensamento girar, são perguntas que estão na ponta dos dedos, e quando elas circulam como sangue pelo corpo, quando elas deixam de ser apenas pensamento para serem perguntas-letras, algo da resposta já se insinuou…
Lunalunarium é um livro de Mariajosé de Carvalho publicado pela Massao Ohno (editora responsável por publicar, entre outros, Roberto Piva e Claudio Willer) em 1976. A poeta, atriz, dramaturga e tradutora, que durante muito tempo foi uma intelectual importante na vida cultural brasileira, foi marginalizada já pela própria geração.
Em 1973, anos de chumbo da ditadura militar, Tom Zé lança Todos os Olhos, um álbum irreverente com uma das capas mais polêmicas da música brasileira. A ideia da capa foi do poeta concretista Décio Pignatari, que sugeriu colocar uma foto cuja imagem lembra um olho, mas que na realidade é uma bola de gude no ânus de uma modelo. A imagem tão audaciosa passou despercebida pela censura.