“Coleção Nacional”, definido pelo Instituto como “música internacional brasileira”, é o álbum de estreia do coletivo lançado em 2002. O grupo-banda, fundado por produtores musicais, reúne um time de peso com dezenas de artistas dos mais diversos ritmos, como rap, samba, maracatu, rock, eletrônico, dub, entre outros. Este primeiro álbum conta com dois samba-raps de Sabotage, uma exaltação ao samba de Rappin’Hood, uma eletrônica do Bonsucesso Samba Clube, além de Otto, Céu, BNegão, Jorge du Peixe e Z’África Brasil. Mas nem tudo é perfeito, exemplos disso são as faixas “Verdin” e “Vou deixar os ossos”.
Outro destaque do Instituto é Daniel Ganjaman, um de seus fundadores. Ele produziu individualmente vários dos que participaram do projeto, como Otto, Nação Zumbi e Sabotage, além de criar relações entre grupos e pessoas com quem se envolveu, alguns deles sendo o Planet Hemp, Racionais Mc’s, Ratos de Porão, Charlie Brown Jr. e Ponto de Equilíbrio. Ganjaman introduziu a instrumentação no rap nacional, primeiramente no disco “O rap é compromisso” de Sabotage e nos dois últimos álbuns Criolo, do qual também foi produtor.
“Violar” (2015) é o segundo lançamento do Instituto, que reuniu mais uma vez Otto, Nação Zumbi e Sabotage, que participaram da faixa “Alto Zé do Pinho”, homenagem a Chico Science e postumamente ao próprio Sabotage. Mas dessa vez há também Criolo, Tulipa Ruiz, Karol Conka e Metá Metá.