Marcadas pela visão humanista, as fotografias do russo Vladimir Lagrange vão além do jornalismo. Ao capturar cenas banais da vida cotidiana, e se utilizando da ideia teorizada por Henri Cartier-Bresson do “momento decisivo,” ele conseguiu fazer transparecer o homem simples russo.
Jornalista de carreira, trabalhou para a revista União Soviética durante grande parte da vida. Isso não o impediu de compor fotografias que eram consideradas humanistas para o regime comunista. Na foto de 1962, Pombas da Paz, Lagrange se utiliza da Praça Vermelha, que simboliza a potência bélica soviética, para captar jovens saindo de um casamento. As pombas voam sobre a cabeça destes, que correm sorrindo. A contraposição é evidente, e, ao mesmo tempo, corajosa.
Mais ou menos, 1982
A Ilha Olkhon, 1969
A Velhinha, 1961
Idade não é problema, 1982
O alfabeto dos mudos, 1962
Pequenas Bailarinas, 1963
Pombas da Paz, 1962
Sob a Abóbada Celeste, 1962
Solfejo, 1967
Twist, 1964
Um breve intervalo, 1960