Fotógrafo brasileiro e filho do escultor Mário Cravo Junior, dedicou-se à temática religiosa do candomblé na Bahia, dentre outras coisas. Sua obra dialoga muito com a antropologia e, no entanto, seu caráter documental é transbordado por uma atmosfera mística e ritualística da própria imagem. Estes retratos, por exemplo, são retratos de um outro, são retratos que abstraem o corpo que é também escultura e objeto. O documento é ambíguo na medida em que é um instante perdido no espaço-tempo: o fundo dos retratos não circunscreve contexto e os rostos – híbridos – nos falam de uma identidade transvista, garantida pela máscara.
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