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poesia contemporânea

Como minha vó me ensinou

como minha vó ensinou
acordo todas as manhãs e rezo
ajoelho em qualquer que seja o leito
e me vejo em toda dor que me caiba no peito
então os joelhos são ardidos
quase sempre encardidos
mas eu não
eu não fiz nada

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Conversa nº4 – Adelaide Ivánova

esta entrevista foi feita em dois dias diferentes, com pouco mais de uma semana de diferença entre eles. no dia 31 de julho de 2018, ano da morte de marielle e da queima do museu nacional, encontrei adelaide ivanova em berlim, onde tinha ido para visitar minha mãe. no dia mais quente do ano, fomos, junto com naomi baranek e victinho vasconcellos, ao krumme lanke, um famoso lago da cidade, e talvez o mais agradável de todos. sentamos na areia e, depois de um mergulho, começamos a conversar.

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epígrafe

quem de ferro fere o fogo quem
de quase fura o corpo qual
carícia em tempo firme
qual malícia escapa à
sorte

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Dois poemas

Canta a Deusa às Musas invertidas
A cólera de Lethes, a moderna filha:
Museográfica flama, ars do passado,
Da ruína da história, um esquecimento
Da Memória.

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Breve história da cri-(a)-ção do Mundo – por Priscila Alba

Nada-menino, uma vez era. Nada, na medida em que passava e engrandecia, sentiu-se sozinho, quis conversar. Quis conversar, mas percebeu que ele, Nada, sozinho estava. Indagou:

– Por quê esta solidão?

Nada pensou e, ao pensar, concluiu:

– Se me chamo Nada e me sinto sozinho, procuro alguém e não acho… Creio que, outro Nada, não deve haver.

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Poema de Bianca Pataro

o silêncio é uma estrada e a distância cavada pelo vazio é intransponível
cada passo dado é um desvio entre frases suspensas,
traçado de fuga aberto em picadas na longa vertigem erguida pelo nada dito

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