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josé vianna

Em uma clareira era noite

Em uma clareira era noite. Preguiçosamente surgiram de dentro do escuro três animais. Dois, que eram da mesma espécie, chegaram fazendo companhia um ao outro, e o terceiro, solitário. Curiosamente este vinha falando, enquanto os outros dois se vinham calados (já que passaram o dia juntos tinham se acostumado à companhia um do outro e nada de novo tinham do que falar).

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Tituimos, o que corre pela rua

Tituimos que corria pela rua. corria sem olhar para os lados esbarrando em moça de carrinho de compras. mas o que há Tituimos? para que tanta correria? sabe, tenho que ver minha esposa. me ligou dizendo que o bebê está quase nascendo. bolsa já estourou e tudo: água para todos os lados, todos os cantos, até debaixo de rodapé!

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Pedro Paulo, anos depois.

EU VEJO coisas piores, eu vejo coisas sem dono, eu vejo o que tudo que há, eu vejo o que não há de ser, e eu vejo o que não há de se pensar, logo, por águas baixas eu já andei, e por cima de morro eu corri, e pelas estradas velhas os carros passaram por mim, e eu olhei pelo retrovisor e vi o meu rosto suado sofrendo com o calor, e toda a atmosfera que me rodeava estava de parada, e esteve sempre assim.

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Nega

Já vi coisa pior: briga de gente não é nada. Vi coisa pior de lá de onde vim e lá em minha casa mesmo. Tinha dias que tinha até vidro quebrado embaixo de porta (e furava o pé, sim senhor!). Sangue e tudo mais pingando por aqui e lá. Depois vinha esfregão e rodo para lavar tudo e a casa ficava quieta de novo, como num passarinho só a piar na copa da árvore que chegava pela janela.

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